terça-feira, 17 de julho de 2007

O machão e a menina. Ironia de uma vida.


Se eu dissesse que sonhei em ter uma filha, estaria mentindo. Quem me conhece sabe que por mais dura que seja a verdade, prefiro encará-la. Me preparar para ser pai de Júlia exigiu uma dose grande de sacrifício. Ser machão sem filha mulher é fácil. Era.


Se eu soubesse que ia ser tão bom, escolheria isso sempre. Minha menina é absurdamente surpreendente em tudo o que faz. Explode com a mesma facilidade que conquista. Muda de humor com a mesma rapidez que cativa e apaixona. Feminina como poucas garotinhas de 3 anos são, vaidosa como toda mulher deveria ser.


Temperamento difícil e personalidade forte. E dai? Ela é Júlia. Ela é diferente de tudo que imaginei. Ela me domina com a bravura que não aceito de quase ninguém. E dela eu aceito e quero sempre mais. Vai de totalitária e impulsiva a dócil e frágil na velocidade de um piscar de olhos que eu sempre quero que seja pra mim. Ela é um exemplar único de rebeldia doce. Ela é minha filha, graças a Deus.


Quando um dia me perguntarem o que Julia representa pra mim responderei sem pestanejar: a mais linda e apaixonante lição de vida eu poderia tomar.

Um comentário:

Unknown disse...

Mô,
Ler um texto seu é como ouvir uma boa música...a gente ri, chora ou simplesmente voa em nossos pensamentos...

Quando fiquei grávida pela segunda vez achei que seria outro menino, mas para nossa surpresa e alegria veio Júlia! Aquela menininha tão cabeluda e que já no primeiro dia de vida prestava atenção em tudo.
Tivemos que reaprender a ser pais...

Nossa Júlia é exatamente o que você ecreveu: esse turbilhão de emoções. E eu estou muito feliz de estar casada com você nesses quase 10 anos e ser a mãe dos seus dois filhos!

Te amo muito.
Eu